11 de agosto de 2010

A dificuldade de se definir “Underground”

O Blog Rockalogy está às vésperas de completar seu primeiro ano na rede, em diversos posts eu fiz tentativas de, ao menos, delinear o que seria o underground hoje. Mas conforme meus estudos e minhas pesquisas vão avançando essa definição parece ficar cada vez mais distante. Na verdade os conceitos, tanto de mainstream, quanto de underground, parecem não darem mais conta de definir determinados campos de produção e consumo musicais. É como eu disse em post anteriores, o underground está cada vez mais mainstream e o mainstream cada vez mais underground, de modo que já é muito difícil por um em oposição ao outro. Como explicar bandas como o Cannibal Corpse? Eles são underground ou são mainstream?

Se por um lado a banda não é underground, porque possui um grande número de fãs, têm reconhecimento mundial, tem uma gravadora, fazem turnês, e etc. Por outro também não são mainstream, o show deles não lota e eles não possuem saída na mídia que não seja a especializada. O cenário atual seria um “meio termo”, não há nome para isso, nem ao menos uma configuração, algo que possamos denominar, o que nos resta no momento é usarmos esses mesmos conceitos, porém sempre com muitas ressalvas.

“Subcultura” e “Nicho” são conceitos que começam a parecer com freqüência nas discussões e de fato parecem estar dando mais vazão numa explanação a cerca do cenário atual. Subcultura está mais ligado a um panorama mais sociocultural, e nicho mais a aspectos mercadológicos, uma subcultura é um nicho, um nicho mercadológico. Bonequinhos do Kiss, para fãs do Kiss, caveirinhas fofinhas para emos... Novo disco do Cannibal para fãs do Cannibal, que não chegam a lotar um estádio, mas estão ali, mais ou menos isso.

(continua...)

Natália Ribeiro

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