7 de junho de 2010

Criador e criatura

“O rock é tanto um produto cultural quanto é produtor de uma cultura que pode ser desfrutada e interpretada pela sociedade contemporânea.”


“O rock faz parte da cultura de consumo e apresenta-se como produto globalizado de assimilação universal, assim como o blue jeans e a coca-cola, incorporando paralelamente trejeitos locais sonora e esteticamente.”

Adriana Amaral: Rock e imaginário: as relações imagético-sonoras na atualidade _ Revista FAMECOS • Porto Alegre • nº 18 • Agosto 2002


Quem não sabe o que é Rock, quem não tem ao menos uma idéia do que seja o rock? Uns dizem Elvis, outros dizem Beatles, por aqui muitos lembram do finado Legião Urbana, e mesmo que essas peças nada tenham a ver em comum, sem dúvidas é Rock. Assim como o jeans e coca-cola citados no artigo da Adriana Amaral, produtos globalizados de assimilação universal, o rock é isso, não há quem não conheça, mesmo que não se tenha experimentado sabe como é.


O Rock se renova, se reinventa, tem esse espírito jovem, e trava entre essa galera os mais acirrados diálogos. Os jovens buscam no Rock uma causa, uma faísca, um “start”, algo que os movimentem ou leve tudo pelos ares, os mais velhos, aqueles que se encontram num outro “estágio de fruição”, digamos assim, vêem no Rock esse link direto com a juventude, aspiram essa aura de imortalidade de ronda o estilo, e almejam ter de fato toda liberdade que é prometida e que só através dele é de algum modo alcançada.

Quando falamos de Rock sabemos que se trata de um estilo musical, mas cada vez mais o “visual” tem entrado nesse nosso entendimento, e a mídia tem uma forte influência sobre isso. Na tela o som ganha forma, numa espécie de materialização, o som passa a nos remeter automaticamente a uma imagem, é inevitável, mas neste exercício o som ainda vem primeiro, porém tenho notado que essa questão do visual vem se fortalecendo, e quase que fazendo um caminho inverso, muitas pessoas adotam um visual Rock, pela estética, que vem ligada com essa idéia do pós-moderno, e da radicalidade, e não pelo som a princípio, mas que sem dúvidas pode levar a um interesse pelo som, e não só vestuário, diversos produtos vêm abrindo essa visão para o Rock não apenas como um estilo musical, mas como um estilo simplesmente.
 
Exemplos:




Quadrinhos; Angeli, aqui no Rio em tirinhas diárias do Jornal do Brasil


Moda Rock-Rock de Boutique


Maquiagem Rock, tutorial para as meninas
 


Comercial dos biscoitos Bauducco com a banda Korzus




Desenho Animado exibido aqui pelo Cartoon Network "Meu pai é uma estrela do Rock"



All Star do Ozzy





 Sepultura Weissbier, a primeira cerveja de uma banda nacional




Lifestyle


O Rock não tem tanta abertura para a mídia massiva, muito menos os estilos mais extremos, ou simplesmente os que não dialogam com o Pop, no entanto como podemos ver nos exemplos, ele acaba servindo como fonte de “novidade” para esse meio algumas vezes, ou seja, não estamos tão “under” assim, existem brechas, que mesmo que sejam muito pequenas são passiveis de serem exploradas.



Natália R. Ribeiro


Um comentário:

  1. Muito foda esse post.Existe um espaço pro rock mas ainda está mal aproveitado pelo menos no Brasil.Essas novidades ou exemplos q temos no post são coisas acessiveis a todos ,sendo q o q vai influenciar essas pessoas a consumir determinados produtos são as bandas mainstream,óbvio né rs.

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